Para professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tradição de intervencionismo militar no país só mudará com alteração do artigo 142 que dá margem para interpretação de que Exército é garantidor dos poderes constitucionais.
O ex-presidente Jair Bolsonaro conversa com o general Luiz Eduardo Ramos, que foi ministro-chefe da Casa Civil de seu governoestá próximo de completar exatos 60 anos, uma operação da Polícia Federal investiga se o país esteve na iminência de sofrer uma nova quebra institucional
Para o historiador Carlos Fico, professor titular de História do Brasil da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a constante presença dos militares em quebras institucionais ou ao menos planos para tal são fruto de interpretações doQuem é Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro preso pela PF, e do que é acusado
Trata-se de uma intepretação rejeitada por juristas e pelo Supremo Tribunal Federal , em uma liminar. Para Fico, o problema só será sanado se houver mudança no texto da Carta. "O governo Lula não tem força política para alterar essa aberração.
BBC News Brasil - Os acontecimentos da última quinta podem ser considerados históricos ao ter tantos militares, inclusive de alto escalão, como alvo de uma operação policial no Brasil?É algo inédito porque nunca houve prisão ou investigação com bastante consequência para militares golpistas. Tradicionalmente, nas diversas tentativas de golpe de Estado no Brasil, as que fracassaram e as que foram efetivadas, nunca houve punição.
BBC News Brasil - Em breve, o último golpe militar no Brasil completará 60 anos. Acredita que será uma oportunidade para uma nova reflexão sobre esse período?Essa tradição de intervencionismo militar não vai mudar com o debate de ideias. Só vai mudar realmente com uma operação política e simbólica que consiste na alteração do artigo 142. Muita gente me diz: "Ah, mas isso é besteira.
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