A disputa pela liderança da Frente Parlamentar Evangélica gera tensão, com ameaças de debandada caso Otoni de Paula seja eleito. O clima é ‘péssimo’ e bolsonaristas temem um alinhamento do grupo ao governo federal.
Bolsonaristas ameaçam deixar bancada evangélica se deputado ligado ao governo vencer eleição. Disputa entre Otoni de Paula e Gilberto Nascimento, ligados à Assembleia de Deus, gera racha na Frente Parlamentar Evangélica. Clima tenso com receio de alinhamento ao governo federal. Eleição decisiva em 26 de fevereiro. Presidente atual Silas Câmara busca conciliação.
A manobra visa, inclusive, atrapalhar o funcionamento da frente, hoje com 245 deputados e senadores. O regimento interno do Congresso Nacional prevê que esses blocos precisam ter 198 parlamentares para funcionar, e bolsonaristas articulam uma debandada que possa deixar a bancada abaixo do mínimo exigido.
Nascimento, por sua vez, é descrito como um dos precursores do movimento por ter participado da criação do grupo, em 2003. Delegado da Polícia Civil em quarto mandato na Câmara, o deputado é respeitado na bancada e tem a benção do pastorAo que tudo indica, em 26 de fevereiro, última quarta-feira do mês, a frente evangélica deve mesmo ter uma eleição pela primeira vez.
Pessoalmente, Câmara diz já ter definido seu voto, mas se reserva sobre quem será seu candidato. Segundo ele, declarar torcida apequena os deputados. Nos bastidores, seus articuladores afirmam sua preferência por Otoni. Marcos Oliveira, o Beiçola, se mudará para o Retiro dos Artistas em 30 dias e será recepcionado por Marieta Severo, doadora do imóvelMilton Nascimento e o 'Woodstock mineiro' na sua terra natal
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