Thriller de escritor suíço consagrado mostra que fórmula usada nos seus best-sellers anteriores precisa de reciclagem
Patrick Dempsey e Kristine Froseth em 'A verdade sobre o caso Harry Quebert', série baseada em livro homônimo de Joël Dicker — Foto: Divulgação
Todos da trilogia são narrados pelo bem-sucedido escritor de thrillers Marcus Goldman, que incidentalmente vira investigador de crimes esquecidos e acaba reabrindo alguns cold cases — ou seja, casos considerados encerrados. É um filão que dá ibope nas séries de televisão. Onze anos depois da morte de Alaska, o sargento Perry Gahalowood, que fora o encarregado do caso Alaska e vivia crente que tinha resolvido tudo certinho, recebe uma carta anônima dizendo que ele estava equivocado: Carrey e Donovan seriam inocentes.
Mas sabe quando a fórmula já se mostra gasta? Sabe quando a conversa está tão repetitiva que você já antecipa o que seu interlocutor vai dizer na próxima frase? E aquelas piadinhas que já não provocam nem meio sorriso? E os truques narrativos que já não surpreendem mais? Sem falar nos personagens que parecem ser dublados pela mesma voz, além de coincidências e “evidências” inverossímeis, anacrônicas, decepcionantes.