Um avião comercial com 64 passageiros e um helicóptero militar colidiram perto do Aeroporto Ronald Reagan em Washington, D.C., na noite de quarta-feira. As autoridades esperam poucas ou nenhuma sobrevivência devido à explosão após o impacto e às condições climáticas adversas.
Num avião comercial e um helicóptero militar colidiram na noite de quarta-feira, perto do Aeroporto Ronald Reagan , o mais próximo a Washington, D.C. No avião de passageiros, proveniente de Wichita, no Kansas, estavam 64 pessoas. O helicóptero, que estava em uma missão de treinamento, tinha três pessoas a bordo. A colisão ocorreu às 20h48 do horário local, ou seja, 2h48 da manhã em Portugal.
O voo comercial já estava em fase de descida para a pista de aterrissagem, onde teria pousado por volta das 21h locais. Segundo os últimos dados de posição, estava a uma altitude de 300 pés (91 metros) no momento do choque. Os dados de posição do helicóptero são mais limitados (não sendo uma aeronave comercial) e os últimos sobre sua posição o colocam a cerca de 400 pés (122 metros). Embora o número de vítimas mortais ainda seja desconhecido, as autoridades locais avançaram que não se espera que haja sobreviventes, dada a explosão que se seguiu ao choque e às condições meteorológicas na área: com temperaturas abaixo de zero em torno do rio Potomac e fortes ventos que complicam as operações de resgate.As colisões entre aviões não são frequentes. Em 2024, foram registradas 25 colisões entre aeronaves em voo em todo o mundo, considerando meios de todos os tipos (privados, comerciais, militares, de turismo...). Isso equivale a cerca de 13% dos 193 acidentes registrados no banco de dados da Aviation Safety Network, uma conta que também inclui pequenos choques em pista que terminaram sem vítimas. São uma parte ínfima dos mais de 37 milhões de voos que são registrados anualmente. Mesmo assim, nos Estados Unidos, já há dois anos que se fala publicamente sobre como o crescente tráfego aéreo e a falta de pessoal aumentaram o risco de colisões entre aviões. Uma investigação do The New York Times concluiu que em 2022 foram registrados 300 alertas por risco de choque entre aviões que envolveram companhias aéreas comerciais. Quase sempre foram perto dos aeroportos e devido a erros humanos. O número desses quase acidentes se multiplicou na última década, embora não esteja claro se as condições de segurança pioraram ou se a sensibilidade para informar sobre esse tipo de perigo aumentou. Segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), em 2023 ocorreu um acidente aéreo por cada 1,26 milhões de voos. Durante os últimos 55 anos, a taxa de fatalidades em voos comerciais tem se mantido em declive quase constante, com exceções como a de 1985, quando quase 2.500 passageiros morreram (1.500 deles em seis voos). Em 2021, último dado disponível, ocorreram 0,05 mortes por cada milhão de passageiros, ou seja, uma morte a cada 20 milhões de passageiros. Considerando as cifras de passageiros, o acidente da noite de ontem ficaria longe dos cem piores registrados na história da aviação: todos superam o centenar de vítimas. Destaca-se entre eles o ocorrido em 1984 no Aeroporto de Los Rodeos (Tenerife), onde o choque de dois aviões resultou em 584 mortes
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