Novas estatísticas revelam um preocupante aumento de acidentes aéreos no Brasil em 2024. O relatório do Cenipa aponta que mais da metade dos acidentes foram causados por fatores humanos, abrangendo desde aspectos psicológicos até desempenho técnico. Especialistas defendem a necessidade de investimento em treinamento, cultura de segurança e estudos aprofundados para compreender as causas deste aumento.
Dados revelam que mais da metade dos acidentes aéreos não foram causados por falhas na aeronave ou no aeroporto, mas sim por fatores humanos. O relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) indica que este já é o sexto acidente aéreo com vítimas fatais registrado no Brasil este ano.
O acidente, ocorrido em São Paulo, envolveu um avião particular que estava parado para embarque e desembarque de passageiros quando explodiu, resultando na morte do advogado Márcio Louzada Carpena e do piloto Gustavo Medeiros. Seis pessoas que estavam na avenida ficaram feridas. Aviões particulares, de pequeno porte, têm sido mais envolvidos em acidentes fatais do que grandes frotas de aeronaves. O Cenipa registrou 44 acidentes aéreos com vítimas fatais em 2024, o maior número desde 2016, com um total de 152 vítimas, o maior número desde 2015. O relatório destaca que 33,33% dos acidentes foram causados por fatores humanos relacionados a aspectos psicológicos, como percepção de risco, fadiga, estresse e cultura organizacional. Outro 33,33% foram motivados pelo desempenho técnico do ser humano, abrangendo desde indisciplina de voo até problemas de manutenção da aeronave e planejamento de voo. Especialistas apontam para a necessidade de melhoria da cultura de segurança de voo, com aumento do treinamento formal, criação de ambientes de formação nas escolas de aviação e fiscalização mais rigorosa. Também há um clamor por estudos mais aprofundados sobre os acidentes aéreos, buscando entender as causas que levaram ao aumento no número de ocorrências. A maioria dos acidentes fatais registrados em 2024 envolveu aeronaves de pequeno porte particulares, seguidas pela aviação agrícola. O estado de São Paulo teve o maior número de acidentes, com 11 ocorrências, seguido por Mato Grosso com sete e Pará e Minas Gerais com cinco cada
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