A audiência sobre o pedido de prisão preventiva contra Evo Morales, acusado de abuso de uma menor, foi adiada para sexta-feira devido à ausência do ex-presidente por problemas de saúde.
Um juiz adiou a audiência sobre um pedido de prisão preventiva contra Evo Morales , investigado por abuso de uma menor quando estava no poder, devido à ausência do ex-presidente por questões de saúde , anunciou o Ministério Público nesta terça-feira, 14. A audiência, que se realizava na cidade de Tarija, foi remarcada para sexta-feira, informou à AFP a promotora Sandra Gutiérrez, que lidera a investigação contra Morales (2006-2019).
A promotora declarou que a audiência teve início, mas não prosseguiu porque os advogados de defesa apresentaram um atestado médico de cinco dias. Segundo Sandra, o relatório médico indica que Morales sofre de broncopneumonia e bradicardia 'em estudo'. Jorge Pérez, advogado do ex-líder cocaleiro, afirmou que Morales será submetido a uma nova avaliação médica, que determinará se poderá comparecer na nova data.Morales, de 65 anos, é acusado pelo Ministério Público de ter abusado de uma menor. A promotora alega que eles tiveram um relacionamento em 2015, quando a jovem tinha 15 anos, e que, um ano depois, teriam tido uma filha. Os pais da vítima teriam consentido com a relação em troca de benefícios. O ex-presidente já possui uma ordem de prisão em aberto por não comparecer para depor diante do Ministério Público durante a investigação. Morales foi formalmente acusado em dezembro. Na segunda-feira, a defesa do ex-presidente afirmou que ele não compareceria à audiência alegando falta de intimação, o que foi rejeitado pelo Ministério Público.O juiz pode ordenar a prisão de Morales se considerar sua ausência injustificada. Além disso, pode proibir o ex-presidente de sair do país e decretar a indisponibilidade preventiva de seus bens. Embora Morales tenha negado anteriormente as acusações, afirmando que se baseiam em fatos já investigados em 2020 sob a figura penal de 'estupro' – que envolve ato sexual com menores entre 14 e 18 anos –, o Ministério Público agora se concentra na acusação de 'tráfico de menor'. O ex-presidente defende ser vítima de um 'lawfare' (guerra jurídica) liderado pelo governo de Luis Arce, seu antigo aliado, para “eliminá-lo” politicamente. Arce e Morales disputam a candidatura da esquerda para as eleições de agosto, embora o líder cocaleiro tenha sido declarado inelegível por já ter atingido o limite de mandatos presidenciais
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