Bruno e Dom foram mortos por tiros de espingarda de caça, um símbolo da política belicista de Bolsonaro
MAIS UM - Investigação: policial conduz Jeferson da Silva Lima, terceiro suspeito preso por duplo assassinato na Amazônia - Joao Laet/AFPNo extremo oeste da Amazônia, as mortes do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista Dom Phillips foram seladas por tiros de espingarda. O brasileiro foi atingido por dois disparos na região do tórax e abdômen e outro na cabeça. O repórter britânico foi morto com um tiro no tórax.
Mas o governo fez mais do que afrouxar regras para se obter armas. Também atuou para dificultar o rastreamento delas. Em 2020, três portarias do Exército criaram dispositivos que permitiam acompanhar praticamente em tempo real a fabricação, a venda e o transporte de armas e munição. No caso de venda ilegal ou uso em crimes, seria possível saber em qual ponto da cadeia de fornecimento houve o desvio.
Os colecionadores, atiradores e caçadores já formam um contingente de mais de 600 000 pessoas, maior que o efetivo das Forças Armadas . Uma quantidade tão grande de indivíduos com permissão para comprar armas é uma ameaça à segurança pública. Nos últimos dois anos, foram noticiados ao menos seis casos de CACs que usavam suas licenças para vender armas a facções.
Enquanto essa política bélica vai avançando e produzindo estragos, o caso Dom e Bruno ainda não chegou ao seu desfecho. O primeiro suspeito preso, Amarildo da Costa Oliveira, mudou a sua versão — após confessar ter atirado nas vítimas, passou a afirmar que só ajudou a ocultar os corpos. Seu irmão, Oseney, continua reafirmando inocência.
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