Apagão da Enel em SP se torna arma da oposição contra a privatização da Sabesp

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Problemas da concessionária privada de energia são citados por pré-candidatos à prefeitura paulistana e até ministro de Lula como sinais de piora no serviço após desestatização

Falta de luz provocada por tempestade vira argumento contra privatização de serviços de água e luz — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globopor mais de 48 horas virou munição contra a privatização da estatal paulista de saneamento básico , um dos principais projetos da gestão), cuja votação deve ocorrer ainda este ano na Assembleia Legislativa estadual .

—Essa Enel é terrível. Estamos sofrendo com falta de respostas deles — disse o prefeito, antes de se encontrar com executivos da companhia. — As chamadas demoram, tem pouca equipe. Eu falei para o presidente da Enel chamar a equipe de outras concessionárias, trazer pessoas de outros estados. Nunca houve tantos pedidos para a Defesa Civil como agora. Faltou e está faltando ação — completou.

Mesmo políticos favoráveis a privatizações passaram a criticar a Enel e a possível venda da Sabesp. Caso de Fabio Wajngarten, ex-secretário especial de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro que é cotado para ser vice na chapa de Ricardo Nunes. Vereadores da cidade de São Paulo, que é a principal cliente da Sabesp, também se manifestaram entre ontem e hoje. Em outubro, a Casa instalou uma comissão especial para estudar a privatização.

Parlamentares da oposição de Tarcísio têm lembrado com frequência o fato de a própria base do governo ter instalado uma Comissão parlamentar de inquérito para apurar possíveis irregularidades e práticas abusivas cometidas pela Enel e investigar as quedas de energia e cobrança de valores no período de 2018 até 2023. O presidente da CPI é o deputado Thiago Auricchio .

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