Registros analisados pelo 'The Guardian' mostram que antepassado do rei estava envolvido na compra de pelo menos 200 africanos escravizados
e da família real britânica compraram e exploraram africanos escravizados em plantações de tabaco na Virgínia. É o que revela uma nova pesquisa nesta quinta-feira, 27, à qual o jornal britânicoUm documento mostra que um antepassado do rei esteve envolvido na compra de pelo menos 200 escravos da Royal African Company , em 1686.
Os documentos que estabelecem a árvore genealógica foram encontrados por acaso pela pesquisadora Desirée Baptiste – consultora de história sobre o tráfico transatlântico de escravizados –, ao investigar as ligações entre a Igreja Anglicana e os escravizadores da Virgínia, para um artigo de sua autoria.
. Já a descoberta de Baptiste revela uma linha direta que vai dos Windsor ao tráfico de africanos escravizados. A RAC, que traficou quase 180 mil pessoas escravizadas, recebeu cartas de sucessivos reis ingleses. Na pesquisa recém-publicada, altos funcionários do RAC, assinando uma carta com “seus amigos amorosos”, instruíram o capitão de um navio a entregar “negros” a Edward Porteus.O testamento de Eduardo Porteus, outro documento examinado por Baptiste, referia-se a “negros” que ele deixou ao filho Robert.
A Virgínia é um estado relevante na história da escravidão nos Estados Unidos, por causa de um infame desembarque de africanos escravizados em Jamestown em 1619. As leis estaduais para garantir a manutenção da escravidão e suprimir revoltas incluíam chicotear e desmembrar pessoas, cortando um pé.
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