Por priscilayazbek: Amorim encontra Zelensky nesta quarta-feira para tentar alçar Brasil a mediador da paz
Mas a missão não será simples. A devolução dos territórios ocupados pelos russos, um dos principais pontos de discordância entre Moscou e Kiev nas conversas sobre planos de paz, não deve ser colocada em questão. Zelensky rejeita conversas sobre paz que não envolvam a retirada das tropas russas de territórios ocupados na Ucrânia.
No plano de paz de 12 pontos proposto pela China, por exemplo, Pequim defendeu a integridade territorial da Ucrânia, mas não explicitou o que aconteceria com os territórios tomados pelos russos. Na ocasião, Zelensky reconheceu a iniciativa chinesa, mas deixou claro que não vai abrir mão da retirada dos territórios ocupados..
Vicente Ferraro, cientista político e pesquisador de política da Rússia e Ucrânia, afirma que a visita à Ucrânia é fundamental para que o Brasil consiga se posicionar eventualmente como um mediador no conflito. “O Brasil deve se abster de discursos, alinhados ao Kremlin, de que essa é uma guerra apenas entre a Rússia e o Ocidente, ignorando o papel e posicionamento da Ucrânia”, afirma.
Para que as negociações tenham alguma possibilidade de sucesso, prossegue o professor, o Brasil não deveria tornar o seu conteúdo público. Ele também acredita que uma negociação plausível poderia incluir a devolução de alguns territórios pela Rússia e o reconhecimento de outros pela Ucrânia, mas avalia que nenhuma negociação vai ser totalmente justa para a Ucrânia.
“A Ucrânia está em uma luta para alcançar a negociação menos injusta possível. Há uma percepção de que o país ainda tem fôlego para recuperar territórios, com os armamentos estrangeiros, aumentando a margem de manobras para negociações. Mas se a Rússia conquistar mais territórios, a Ucrânia será forçada a aceitar acordos mais injustos.
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