Cresce número de animais encontrados com marcas de tiros; há relatos ainda de captura predatória de caranguejos
Jacaré morto na Lagoa de Jacarepaguá após ser atingido por garateia, uma espécie de anzolEm situações de estresse, é comum os jacarés brigarem entre si e causarem mutilações uns nos outros.
Denúncias recebidas pelo instituto apontam matança também em outros cursos d’água, a exemplo de Arroio Fundo, Canal do Cortado e Lagoa do Camorim. O biólogo Mário Moscatelli, que também acompanha a situação, diz que o principal objetivo da caça é a comercialização da carne do animal. — Os jacarés sofrem tanto com caça como com o aterramento das áreas naturais da espécie, pelo avanço da cidade sem estudos ambientais e planejamento, que eliminam inclusive ninhos. Também há ocorrências de jacarés morrendo sem uma causa física aparente, e isso precisa ser investigado. Mas suspeitamos que seja reflexo do alto nível de poluentes e substâncias contaminantes sendo lançadas na lagoa.
Violência: Jacaré encontrado morto, sem a cabeça e uma das patas, na Lagoa da Tijuca — Foto: Foto de leitor 5 de 7 Jjacarés-de-papo amarelo correm risco de extinção no estado do Rio, alertam ambientalistas — Foto: Divulgação/Mario Moscatelli Outra denúncia de Moscatelli é a respeito da matança de caranguejos na região por uma técnica “condenável” nas lagoas da região.
A captura do caranguejo é permitida fora do defeso, período de reprodução do crustáceo, mas nunca pelo laço, que é crime. O certo é usar o braço para capturá-lo em sua toca, explica o biólogo.