A empresa privada Ambipar assinou um protocolo de intenções com o Ministério dos Povos Indígenas para fortalecer a resiliência climática e o desenvolvimento dos povos indígenas. A parceria, iniciada no Fórum Econômico Mundial em Davos, visa apoiar quatro frentes: estruturação para combate a incêndios, destinação de resíduos, ampliação do monitoramento de terras indígenas e acesso a insumos. A parceria busca uma ação integrada para enfrentar os desafios do clima e promover o bem-estar dos povos indígenas.
A Ambipar assinou um protocolo de intenções com o Ministério dos Povos Indígenas para lidar com a emergência climática e iniciativas de sustentabilidade. A parceria foi firmada durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Soraya Pires, head de Carbon Solutions da Ambipar, explicou à CNN que a parceria visa apoiar o desenvolvimento dos povos indígenas por quatro frentes: estruturação para combate a incêndios, destinação de resíduos, ampliar o monitoramento das terras indígenas e facilitar o acesso de insumos demandados pelos povos. A seguir, confira a entrevista na íntegra. \Com a assinatura do protocolo de intenções, o que a Ambipar está se propondo a fazer para a agenda de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável? Soraya Pires: É um passo inédito que aconteceu entre uma empresa privada e o Ministério dos Povos Indígenas. A intenção do protocolo é que a gente consiga contribuir para a resiliência climática, para o desenvolvimento dos povos indígenas e também para a agenda de sustentabilidade. A partir de agora, nós temos algumas agendas, alguns focos muito importantes já pautados que serão nossa prioridade no momento. O primeiro foco é a estruturação para combate a incêndios, pensando em brigadas indígenas, na capacitação, pensando nas estruturas. Como a Ambipar pode trabalhar em parceria na capacitação, no treinamento. Como desenvolver uma estrutura para que esses eventos tenham um menor impacto na terra indígena. Essa é nossa primeira pauta a ser tratada. A segunda é a destinação dos resíduos, principalmente os sólidos, que são produzidos dentro das terras indígenas. Como que esse resíduo será destinado. Esse segundo projeto visa tratar, separar esse lixo, e depois que a gente consiga dar a destinação correta para esses resíduos que são produzidos. É outra frente que a gente vê de extrema importância para que a gente promova o bem viver dos povos indígenas. Temos uma terceira frente que é ampliar e suportar o monitoramento dessas terras, por meio de imagens, tecnologias, para que a gente consiga entender o território, suportar a tomada de decisões. De alguma forma, apoiar todo processo que ali esteja ocorrendo, uma vez que muitas vezes falta monitoramento por conta da extensão dessas terras indígenas. E o quarto ponto que também é previsto para essa agenda de curtíssimo prazo é a ampliação da parceria já existente com o Ministério dos Povos Indígenas. Essa parceria, atualmente, ela visa o transporte de alimentação para algumas terras indígenas. O próximo passo visa não só o transporte de alimentos, mas também de medicamentos, de materiais para educação e de profissionais para que permita um acesso mais rápido e mais fácil para essa população que se encontra, muitas vezes, em locais de difícil acesso. Quando a gente fala de protocolo de intenções, dá a entender que ainda tem alguma etapa a mais para que comece a ser realizado. Qual o prazo que buscam para a realização dessas agendas? Há alguma etapa intermediária para que essa parceria ainda seja concluída? Pires: Estamos na fase final da elaboração do nosso plano de trabalho. As atividades começam assim que retornarmos para nossas atividades no Brasil. Não esperaremos o plano de trabalho ser concluído, queremos que as atividades já iniciem para que ambas aconteçam em paralelo. Atividades que a gente já tem mapeadas como prioritárias se iniciam logo na próxima semana, e aí daremos sequência à atividade na construção da robustez desse plano de trabalho, que vai abranger outras atividades. Pensaremos não somente no curto prazo, mas sim numa agenda de médio/longo prazo para que toda essa cadeia se sustente de forma sólida. Em questão de financiamento, como vai funcionar a estruturação dessa operação? Como foi desenhada a parceria? Os recursos ainda estão sendo discutidos. Tão logo a gente consiga formalizar todo o plano de trabalho e os cronogramas, teremos informações mais detalhadas para poder compartilhar. A Ambipar diz que a ação faz parte de uma iniciativa de responsabilização do setor privado pela preservação global. Vocês imaginam adicionar outras companhias para ajudar nessa pauta de sustentabilidade? No momento, a gente não tem um desenho de como pode ser melhor estruturado. Inicialmente, é a Ambipar liderando essa presença do setor privado junto ao Ministério, mas nada impede que tenhamos novas parcerias, outras frentes que possam agregar ao projeto. O que vocês imaginam de melhora para o combate aos incêndios com a parceria? A primeira frente de atuação é entender realmente onde estão as zonas de risco, e isso a gente consegue olhando para o histórico. Não só onde há incidência, mas também onde há recorrências, e com isso direcionar nossos esforços. Nosso primeiro passo, nossa primeira agenda quando falamos do combate e monitoramento de incêndios, é pensar na prevenção. Nosso primeiro passo é entender o histórico. Onde estão nossas vulnerabilidades. A partir daí podemos sentar e desenhar uma estratégi
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