Um alerta de terremoto falso enviado pelo sistema Android do Google assustou moradores de três estados brasileiros na madrugada desta sexta-feira. Apesar do pânico causado, a Defesa Civil de São Paulo descartou qualquer possibilidade de tremor e a Anatel anunciou investigação sobre o caso.
Brasileiros de três estados acordaram na madrugada desta sexta-feira (14) com um alarme de terremoto. O alerta foi disparado por volta das 2 da manhã em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Apesar de não haver registros de tremores em câmeras de segurança, um alerta de terremoto de magnitude 4,8 foi enviado para celulares com o sistema operacional Android, seguido por um segundo alerta com um tremor de terra mais intenso, de magnitude 5,5.
O epicentro dos terremotos, segundo o comunicado, ficava em alto-mar. O alerta enviado pelo Google foi recebido por usuários em São Paulo, Rio de Janeiro e até Minas Gerais. Muitos usuários relataram que o alerta foi assustador, já que eles não estavam acostumados a esse tipo de aviso em seu país. Muitos relatam ter se sentido agitados e terem verificado seus lares em busca de possíveis danos. A mensagem trazia orientações de segurança, como verificar o fornecimento de gás e evitar estruturas danificadas. Logo após o envio dos alertas, a Defesa Civil de São Paulo descartou qualquer possibilidade de tremor, afirmando que não havia registros de movimentação do solo em seus sistemas. O Centro de Sismologia da USP também não detectou nenhum tremor. A Defesa Civil ressaltou que o alerta não foi enviado por seus canais oficiais de comunicação de riscos e desastres. Dez horas após enviar os alertas, o Google divulgou uma nota em que afirmou que o sistema Android de alertas de terremoto é um sistema complementar e que não foi projetado para substituir os sistemas de alerta oficiais. A empresa pediu desculpas aos usuários pelo inconveniente e reafirmou seu compromisso de aprimorar as ferramentas. O Google explicou que todos os smartphones possuem mini acelerômetros, dispositivos que podem detectar vibrações, indicando um possível tremor. A Anatel informou que vai investigar o caso, já que o Google não é uma empresa de telecomunicações, mas um usuário das redes de telecomunicações.
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