O Comprova investiga uma publicação no X que afirma que documentos federais comprovam a ordem de Obama para a criação da covid-19 em 2015. A verificação revela que a alegação se baseia em teorias conspiratórias e descontextualizações.
É enganoso afirmar que o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama ordenou a criação do vírus da covid-19 em 2015. Não há documentos ou evidências que sustentem essa acusação. O conteúdo em análise se baseia em teorias conspiratórias e descontextualiza publicações científicas, afirmando que documentos oficiais comprovam a ordem de Obama para a criação do vírus e que a doença tem sido usada como arma biológica desde então.
O conteúdo compartilha um link para uma publicação do site Infowars, fundado pelo conspiracionista de extrema-direita Alex Jones. Segundo o site, o documento comprobatório teria sido revelado após o atual presidente assumir o controle da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional). No entanto, a publicação não apresenta nenhum documento e se limita a declarações vagas feitas em entrevista de Jones com o advogado Tom Renz em 6 de fevereiro deste ano. A única menção a Obama é feita por Jones no vídeo quando afirma que cobriu um 'grande escândalo' em 2015, alegando que cientistas denunciaram que Obama estava criando um vírus e que este foi 'movido para Wuhan', na China, para que, quando o vírus fosse implementado, fosse possível negar o envolvimento dos EUA. Em 2014, o National Institutes of Health (NIH) financiava um estudo na Universidade da Carolina do Norte que, usando engenharia reversa no vírus Sars-CoV, apontava um 'risco potencial de ressurgimento do SARS-CoV a partir de vírus que atualmente circulam em populações de morcegos'. No entanto, não há como afirmar que o vírus tenha vazado a partir deste estudo ou de outro financiado pelos EUA. Os autores da alegação também não apresentaram documentos que provem que Obama ordenou a fabricação da covid-19 para usá-la como arma biológica. O Comprova tentou contato com o autor da declaração, o radialista Alex Jones, mas não obteve resposta até a publicação desta verificação. O Comprova investiga conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. A publicação em análise acumula mais de 9 mil interações apenas no X até 11 de fevereiro
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