Vilma Gryzinski: Suécia deixa o mundo obcecado pelos números de sua economia na pandemia VEJAColunistas
Quase foi gol: comparada com outras economias europeias, a Suécia tem motivos para discreta comemoração - Clive Brunskill/Getty ImagesQuarta-feira vai ser um dia importante na Suécia, um país do qual normalmente ninguém espera grandes emoções.
A perspectiva de que fique havendo um sobe e desce dos contágios cria insegurança e imprevisibilidade, dois dos maiores inimigos do bom desempenho econômico. E não adianta dizer que o país enfrentou o vírus com medidas mais brandas, porém restritivas, propondo que quem pudesse e julgasse conveniente passasse a trabalhar de casa.
Tegnell já admitiu que o país poderia ter feito mais para poupar vidas, mas garantiu que não mudou de opinião sobre o acerto, entre prós e contras, da estratégia escolhida. Como presidentes de direita, de Donald Trump a Jair Bolsonaro, denunciaram inicialmente os custos devastadores que o lockdown traria para a população, em termos de empregos perdidos e negócios arruinados, a estratégia sueca passou a ser vista sob este prisma.
“Acho que muitos países deveriam ter pensado duas vezes antes de decretar uma medida drástica como o lockdown”, já disse Tegnell.Longe de viver num paraíso imunizado contra a politização que acompanha vários aspectos da pandemia, Tegnell foi condenado por muitos colegas e sofreu até ameaças de morte.
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