Os termos do acordo para o cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns, anunciados por Israel e Hamas, são os mesmos propostos pelo governo Biden. A mudança reside no timing, com a posse do presidente Biden e a pressão exercida por Donald Trump sobre Netanyahu. Trump enviou seu enviado, Steven Witkoff, para Doha, no Catar, para destravar o impasse. O acordo, costurado com Israel em maio, encontrou resistência de Netanyahu, pressionado por membros radicais de sua coalizão. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, tentou frustrar as tentativas anteriores de acordo. Se o acordo se concretizar, o Hamas libertará 33 reféns em troca da libertação de prisioneiros palestinos. A segunda fase prevê a libertação dos reféns restantes, a retirada das tropas israelenses e negociações para a administração e reconstrução de Gaza.
Os termos do acordo para o cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns, que Israel e Hamas anunciaram nesta quinta-feira , são os mesmos que foram propostos pelo governo Biden e estavam desde maio sobre a mesa de negociações.
Empresário do ramo imobiliário da Flórida e sem experiência no campo diplomático, Witkoff está habituado a resultados rápidos. Convocou Netanyahu para uma reunião no sábado, dia de descanso para os judeus, em Jerusalém, e depois voltou para Doha. Se as negociações tivessem fracassado na última hora, Biden teria Trump para dividir a responsabilidade.
O ministro tenta novamente exercer pressão sobre o premiê, ameaçando abandonar a coalizão e derrubar o governo, mas Netanyahu, ao que tudo indica, conseguiu novos apoios internos para prosseguir com a perspectiva da trégua.Se o acordo vingar, como expressam as partes com a habitual cautela, na primeira fase, o Hamas libertará 33 reféns - três por vez -, entre mulheres, crianças, idosos e feridos.
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