Após meses de intensos combates, Israel e o Hamas alcançaram um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns, mediado por países como Catar, Estados Unidos e Egito. O acordo, confirmado pelo presidente americano Joe Biden e antecipado pelo presidente eleito Donald Trump, visa pôr fim à guerra que devastou Gaza, deixando milhares de mortos e deslocando milhões de palestinos.
Um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns entre Israel e o Hamas foi confirmado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, após ter sido antecipado pelo presidente eleito Donald Trump em sua rede social Truth Social.
O acordo, alcançado entre Israel e o Hamas no enclave de Gaza, levanta esperanças de um fim em breve para uma guerra que deixou dezenas de milhares de palestinos mortos, transformou em ruínas a maior parte do enclave e deslocou quase todos os seus cerca de 2 milhões de habitantes. O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, afirmou que o acordo deve começar a vigorar no domingo e que, na primeira fase, haverá a libertação de três reféns. No entanto, ele acrescentou que os dois lados ainda trabalham para resolver algumas questões logísticas relativas à operação. O acordo ainda precisa da ratificação do Gabinete israelense, com votação prevista para quinta-feira. O Hamas confirmou o acordo em uma declaração no Telegram, classificando-o como uma 'conquista de nosso povo' e saudando a “lendária resiliência” dos habitantes de Gaza em face da guerra. Os combates quase ininterruptos em Gaza deixaram o Hamas gravemente enfraquecido, com muitos dos seus comandantes militares mortos. O ataque lançado por radicais islâmicos liderados pelo grupo no sul israelense em 7 de outubro de 2023, deixou quase 1,2 mil mortos, com 251 pessoas sendo feitas reféns. Desde o início do conflito, mais de 46,7 mil palestinos foram mortos, a maioria mulheres, menores e idosos, segundo o Ministério de Saúde de Gaza. Al-Thani afirmou que, na primeira fase do cessar-fogo, as forças israelenses vão recuar para o leste, longe de áreas populosas. Biden disse que, além da libertação dos reféns, permitindo que se reúnam 'com suas famílias após mais de 15 meses de cativeiro”, os palestinos serão capazes de voltar a suas casas e terão acesso a uma maior distribuição de ajuda humanitária — a previsão é que entrem diariamente centenas de caminhões com suprimentos. O presidente americano afirmou que o pacto é resultado “não apenas da extrema pressão sobre o Hamas e da mudança na equação regional após o cessar-fogo no Líbano e o enfraquecimento do Irã, mas também da diplomacia americana”. Também afirmou que trabalhou nas negociações como uma só equipe com seu sucessor, Trump.
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