Presidente do PL saiu das eleições com as maiores bancadas no Legislativo e será peça central em Brasília, vença quem vencer eleição presidencial
Os planos do cacique no Congresso, cujo sucesso depende em boa medida da reeleição de Bolsonaro, incluem a atração de novos senadores para tentar conquistar a presidência do Senado, sua prioridade.
Na Câmara, onde o PL terá a maior bancada a partir de 2023, condição que favoreceria a indicação de um nome à presidência da Casa, incertezas iniciais a respeito das ambições de Valdemar Costa Neto acenderam um sinal de alerta em antigos companheiros do Centrão, como o PP. A sigla tem como prioridade a reeleição do atual presidente, Arthur Lira , e viu sua bancada cair de 57 para 47 deputados nas eleições.
Alinhavou-se, no entanto, um acordo pelo apoio de Valdemar à reeleição de Lira. Ciente da força do deputado junto ao Centrão – sobretudo se Bolsonaro for reeleito, mas também caso Lula vença a disputa presidencial – o “dono” do PL apoia a recondução do cacique do PP, contanto que o gesto seja retribuído em 2025 a um correligionário de Valdemar. Dentro do PL, não são poucos os que veem com bons olhos um alinhamento a Arthur Lira.
Caso o ex-presidente Lula vença as eleições presidenciais, além do mais, Valdemar certamente se verá às voltas com um racha dentro da bancada do PL. Uma ala da sigla, minoritária e mais ligada ao cacique, a do “Centrão raiz”, não deve demorar a buscar alinhamento com o governo, enquanto outra, a dos numerosos bolsonaristas, logicamente rechaçaria qualquer aproximação com o petista.