Editor do livro no Chile diz que Pinochet não queria ver um livro que descreve basicamente como ele 'foi feito de trouxa' g1
Em 28 de outubro de 1986, após vários dias de viagem, o navio a vapor Peban, do Panamá, finalmente atracou no porto chileno de Valparaíso. Enquanto se preparava para preencher os documentos da alfândega, a tripulação recebeu a notícia de que parte da carga seria apreendida.
Littín havia retornado ao Chile por duas semanas em 1985, 12 anos após o golpe, para filmar secretamente um documentário sobre o que estava acontecendo no país.Regime militares na América Latina queimaram milhares de livros considerados 'subversivos' — Foto: BBC Era do seu despachante aduaneiro e ele descreveu uma situação crítica: "Arturo, me disseram que os livros foram queimados".
"O livro já havia sido publicado em capítulos no Chile por uma revista meses antes", diz Navarro. "No entanto, o que me preocupou é que, segundo a imprensa, a apreensão dos livros deveu-se ao mau estado dos contêineres, o que me pareceu uma desculpa incomum. A versão na mídia foi mantida: contêineres em mau estado, o que poderia explicar a apreensão, mas nunca a incineração.
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