Pela segunda vez no Brasil, onde participa da Flip e de encontro no Museu do Amanhã, americana fala sobre como vê o país 30 anos depois da primeira visita e sobre seu livro mais recente, que trata da violência sexual e de gênero durante a escravidão
Quando veio ao Brasil pela primeira vez, há 30 anos, a escritora e historiadora Saidiya Hartman ficou “chocada”. Num país com maioria de população negra, a professora da Universidade de Columbia, que dedica sua produção a narrativas decoloniais sobre escravidão, só encontrou alunos brancos nas universidades de Rio e São Paulo por onde passou.
— Ver uma geração de jovens escritores e intelectuais negros é muito animador — diz ela, que amanhã visita o Cais do Valongo, na Zona Portuária, e participa da mesa-redonda “Ficções e fabulações afroatlânticas” no Museu do Amanhã, às 19h. Ouvi dizer que a senhora veio para cá com uma mala bem pequena, mas ainda passa por Salvador e São Paulo. É verdade?Isso é um sinal de que vai voltar com mais bagagem, quem sabe material para um novo livro em que o Brasil apareça de alguma forma?
De certa forma, os escritores latino-americanos de influência europeia, principalmente as mulheres, tipo Clarice Lispector, são os que realmente despertam interesse. Mesmo escritores porto-riquenhos, um território parte dos EUA, ainda não foram traduzidos. Acho que o trabalho dos tradutores é crítico para expandir esse público leitor.
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