Encontro de enviado de Donald Trump com Nicolás Maduro gerou especulações e dúvidas sobre posição da Casa Branca em relação à Venezuela.
não foi bom para nós. Este é um novo começo para apostarmos em ganhos para as duas partes. E, se for bom para os, iniciou uma mensagem televisiva para felicitar Donald Trump, pouco depois da vitória do presidente americano nas eleições de 5 de novembro do ano passado.
Trump retirou de Maduro o controle dos bens do Estado venezuelano nos Estados Unidos. E também aprovou sanções pessoais contra ele e contra várias das principais figuras do seu governo. Ele chegou a oferecer umaEnxurrada de decretos: qual é a estratégia de Donald Trump e qual é o objetivo? E, nove dias depois, chegavam a Caracas dois aviões da companhia estatal venezuelana Conviasa, com os primeiros 190 migrantes deportados dos Estados Unidos.
Diferentes meios dedicados à verificação de dados, como o site Factcheck.org, questionaram este assunto. Eles indicam que não existem evidências de que as prisões venezuelanas tenham sido esvaziadas para enviar os criminosos para os Estados Unidos. Números do Departamento de Segurança Nacional americano, publicados pela rede de TV NBC, indicam que 600 pessoas foram identificadas como suspeitas de manter vínculos com o Trem de Aragua nos Estados Unidos.
Outro indicador do papel central da deportação de imigrantes venezuelanos parece ser o fato de que, das 17 nacionalidades amparadas pelo TPS, a Venezuela foi o único país para o qual esta proteção teve sua renovação negada, até o momento. Em sua entrevista a Megyn Kelly, Grenell destacou que, durante sua visita à Venezuela, ele garantiu não só que Maduro aceitasse receber os deportados, mas também que enviasse os aviões e cobrisse os custos do traslado.O diplomata negou que os Estados Unidos tivessem feito algum tipo de concessão ao governo venezuelano, mas ele admitiu ter dado um "presente" para Maduro."E eu respondi: 'Não, estamos dando a você um grande presente.
"Isso tira um pouco o isolamento internacional e é um reconhecimento público de que ele é o líder do país, não Edmundo González . É uma imagem pública que estará sempre presente na internet." Segundo o governo Maduro, cerca de 913 mil migrantes regressaram ao país nesta iniciativa . Nos últimos anos, cerca de 7,7 milhões de pessoas saíram da Venezuela, segundo os números da Acnur, a Agência da ONU para os Refugiados.
Além do uso propagandístico, a insistência do governante venezuelano em reabrir o diálogo com Washington é explicada, em grande parte, pelo mau estado da economia da Venezuela. Grenell negou que os Estados Unidos tivessem dado algo a Maduro em troca da aceitação dos migrantes deportados. Mas, no dia seguinte à sua visita a Caracas, a licença que permite à Chevron operar na Venezuela foi renovada.
Uma reportagem publicada pelo jornal americano Miami Herald afirma que o empresário americano Harry Sargeant III teria sido fundamental para possibilitar o encontro entre Maduro e Grenell. Sargeant faz negócios com asfalto e petróleo na Venezuela.O secretário de Estados americano, Marco Rubio, é um grande crítico dos governos da Venezuela, Cuba e Nicarágua
O especialista destaca que o encontro entre Grenell e Maduro e a aceitação dos migrantes deportados indicam que existe algum tipo de acordo. Mas, paralelamente, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirma que não existe um acordo e continua usando termos duros contra o governo de Maduro, que qualifica de ilegítimo.
"A prioridade número 1 são as deportações", segundo ele. "Outra prioridade é a democracia na Venezuela e outra prioridade é o acesso à energia segura. Ou seja, há todo tipo de prioridades distintas." "Ao mesmo tempo, será mantido um espaço para criticar Maduro, dizer que ele é um ditador e tudo o mais", destaca Shifter. "Sei que existem pessoas que não estão de acordo com esta decisão, mas acredito que é isso que esteja definindo um pouco a visão que se tem."
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